Ao fim de décadas imaginarias de sentidos inaptos, de suspiros inconfundivelmente sentidos, as sensações iniciaram um processo de auto-destruição, os motivos de guerra apaziguaram e, no final, resta a paz pouco profunda que desce à superfície do ser para reclamar o seu tão ansiado momento de glória.
Por todos os momentos de incapacidade irracional, surgem vislumbres de percepção da realidade, instantes de uma loucura lúcida, quase fenomenal. É porque é Homem, é porque sente, é porque é e assim tem de ser. Sem sentido? E não é esse o sentido que procuramos? O sentido que não existe e, por isso, nunca é encontrado?
E aquele sorriso no rosto de uma criança… aquele que só temos quando não compreendemos e quando queremos ter não somos, de todo, capazes de alcançar. Será um inaptidão crónica? Como se de doença se tratasse?
E eu? Tenho mais perguntas do que respostas. Ou será que as perguntas são o que realmente me importa?
Demasiado complexa… Não, sou de uma simplicidade tal que se torna difícil de compreender.
E o Homem? E a Guerra? Perturbações de insatisfação de quem não sabe sorrir, perdições de almas demasiado carregadas e assombradas pela necessidade de compreender o que não podem, por necessidade de ter o que não devem, por desejo de sentir o que não são capazes.
E a vida? Simples, para quem a despe das suas vestes pervertidas, para quem a olha sem os óculos escuros do preconceito. Dura, para quem das manhas da ilusão não se sabe libertar.
Sem comentários:
Enviar um comentário