Aqui, acompanhada por mim mesma, revejo os vislumbres de sobriedade que havia perdido há muito, refaço os caminhos que estavam já alagados pelo temporal, inventario os estragos e projecto as reparações.
Neste momento de paz profunda olho para dentro após meses de altruísmo puro e cruel para comigo mesma, após duras horas de instabilidade e perturbação, sinto agora que é a minha vez, é hora de conseguir virar-me para o que eu preciso, para o que eu mereço. Oiço as andorinhas, a Primavera chegou e trouxe com ela todos os sonhos e sorrisos, todas as causas que já estavam perdidas e nas quais eu volto a acreditar como se fossem verdadeiras.
Ai, como eu adoro estes momento comigo mesma, eu e a minha almofada num frenesim de sonhos e expectativas, de certezas absolutas.
É aqui que me encontro, é aqui que sou eu sem receios nem tentativas de ser melhor, simplesmente sou eu, e mais ninguém, mais nada. É assim que eu sou feliz, na simplicidade do meu ser.
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