5 de maio de 2010

Está dito.



Escrevi  já mil cartas de amor, de ódio, de esperança e de desabafo. E agora? Que me resta escrever?
Escrevo sobre o repleto vazio que me preenche a alma, que me afoga os sentidos e que me da vontade de desistir. Desistir? Eu! Mas que raio de pessoa sou eu, como posso eu deixar de ser fiel a mim própria! Que confusão, que mistura de sentimentos. Porra, estou a ficar maluca, maluca, sim. Louca, louca de vontade de fugir, doida de vontade de ficar.
Este remoinho mata-me. Quero alcançar a paz e, neste momento, tudo o que consigo alcançar é mais e mais aflição, preocupação, confusão.
E falavam eles da idade adulta! Mas que raio é isso? Termos de decidir sozinhos, por nossa conta, sobre uma vida que nos irrita até à camada mais interna dos ossos?
Mas que vida é esta afinal? E se eu quiser ir e nunca mais voltar? Não posso… E se eu quiser partir tudo e começar de novo? Não devo! Realmente viver sobre regas é muito enervante, quem são eles para me dizer que posso ou não, que devo ou não?
Eu só quero ser absorvida pelo mundo, respirar maresia,  viver nas florestas de bambu, acampar ao som dos grilos e poder gritar bem alto que sou feliz, sem ter de ouvir ninguém a queixar-se dos seus problemas, nem a mim mesma. Odeio problemas, estou farta de resolver problemas, de chorar, de desesperar. Uma pausa dava jeito, não?

Sem comentários:

Enviar um comentário