Tenho frio, tenho medo de continuar a percorrer os mesmos caminhos escuros sob este céu cinzento, sinto uma brisa estranha, quase hostil. Quero fugir e não consigo, quero me erguer desta solidão interior que me sufoca e não sou capaz.
Sinto que o frio me perfura os ossos quase tanto como o medo me inquieta o coração, quero fugir, quero sair deste desespero sufocante e, contudo, nem sei bem o que quero. Podia atribuir esta instabilidade ao cansaço profundo e angustiante que vive em mim neste momento mas penso que a causa é mais profunda e a cura não reside em umas horas de sono bem dormidas.
Sou, toda eu, um complexo de duvidas e hesitações, não sei se quero nem se devo fazer o que quero. Contradição? Não, angústia.
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