9 de agosto de 2010

Don't know why, but it must exist a reason



I’m tired of being all by myself, I want to know the world, I want to be better, I want to be different, I want to make that difference meaningful, I want to go as far as I can, so fast as it could be possible, so great as the world will never see again.
It’s so complicated, so armful, such a powerful feeling. I have such a strong need to be something that I thought I could never achieve, it’s indescribable, it’s unbelievable, I really cannot be this confused person, simply because I’m not that kind of person that doesn’t know who she belongs to, until now.

18 de junho de 2010

Futuro

O futuro escreve-se por linhas e entrelinhas demasiado complexas para que a nossa simplicidade como seres humanos consiga perceber o seu alcance. Simples gestos, olhares ou palavras podem ter significados irremediavelmente complexos, não quero parecer exagerada mas a verdade é que a magia nos corre nas veias de forma intrínseca e definitivamente profunda.
Não há lágrima que não valha a pena, não há tristezas injustificadas, o mundo parece-nos um lugar estranho apenas porque é aqui, e apenas aqui que nós pertencemos e, muitas vezes, temos dificuldades em compreender as nossas próprias dimensões metafísicas, o pulsar de um sentimento leva-nos à inconsciência, ao desconhecimento do que devia ser mecânico e autentico dentro de cada um de nós.
O simples facto de sermos humanos faz, só por si, da nossa condição, uma condição precária de insatisfação plena a cada momento. Na verdade, se assim não fosse, seriamos ainda seres rudimentares que vivem para sobreviver, apenas e só.

6 de junho de 2010

Tenho frio.


Tenho frio, tenho medo de continuar a percorrer os mesmos caminhos escuros sob este céu cinzento, sinto uma brisa estranha, quase hostil. Quero fugir e não consigo, quero me erguer desta solidão interior que me sufoca e não sou capaz.
Sinto que o frio me perfura os ossos quase tanto como o medo me inquieta o coração, quero fugir, quero sair deste desespero sufocante e, contudo, nem sei bem o que quero. Podia atribuir esta instabilidade ao cansaço profundo e angustiante que vive em mim neste momento mas penso que a causa é mais profunda e a cura não reside em umas horas de sono bem dormidas.
Sou, toda eu, um complexo de duvidas e hesitações, não sei se quero nem se devo fazer o que quero. Contradição? Não, angústia. 

16 de maio de 2010

In the end, we’re nothing but humans.



Se sentes a confusão confundes com paz, depois de tanto tempo ainda não consegues distinguir o que queres do que apenas desejas, tocas ao de leve e a suavidade conquista-te, a electricidade estática que se forma num leve toque fascina e sentes que ali é o teu lugar, o teu caminho só poderia ir dar ali! Mas com o passar do tempo, a lucidez teima em invadir-te e tu já não sabes em que hás de acreditar, será tão impossível assim que os sonhos de felicidade se tornem em sonhos de verdade?
A pureza da vida pode perturbar-te as vezes que quiser que tudo continuará sem fazer qualquer  tipo de sentido, nada do que queres ou sentes, nada do que tens ou julgas ter.
Tu, ser carregado de memórias, esperanças e desesperos, não és mais do que tu próprio, és farrapo da própria existência, suspiro de vontade e gargalhada de nervosismo, enfim, nada mais és do que a tua fraca condição de ser humano te  permite.

5 de maio de 2010

Está dito.



Escrevi  já mil cartas de amor, de ódio, de esperança e de desabafo. E agora? Que me resta escrever?
Escrevo sobre o repleto vazio que me preenche a alma, que me afoga os sentidos e que me da vontade de desistir. Desistir? Eu! Mas que raio de pessoa sou eu, como posso eu deixar de ser fiel a mim própria! Que confusão, que mistura de sentimentos. Porra, estou a ficar maluca, maluca, sim. Louca, louca de vontade de fugir, doida de vontade de ficar.
Este remoinho mata-me. Quero alcançar a paz e, neste momento, tudo o que consigo alcançar é mais e mais aflição, preocupação, confusão.
E falavam eles da idade adulta! Mas que raio é isso? Termos de decidir sozinhos, por nossa conta, sobre uma vida que nos irrita até à camada mais interna dos ossos?
Mas que vida é esta afinal? E se eu quiser ir e nunca mais voltar? Não posso… E se eu quiser partir tudo e começar de novo? Não devo! Realmente viver sobre regas é muito enervante, quem são eles para me dizer que posso ou não, que devo ou não?
Eu só quero ser absorvida pelo mundo, respirar maresia,  viver nas florestas de bambu, acampar ao som dos grilos e poder gritar bem alto que sou feliz, sem ter de ouvir ninguém a queixar-se dos seus problemas, nem a mim mesma. Odeio problemas, estou farta de resolver problemas, de chorar, de desesperar. Uma pausa dava jeito, não?

13 de abril de 2010

London





Tanta confusão, tanta ilusão, tanta beleza, tanta energia, uma cidade contagiante que nos envolve todos os sentidos e que nos leva a viajar mais do que a distancia de Portugal aquela ilha mágica que é o Reino Unido.
As culturas misturam-se numa dança de sensualidade, há tanta diferença e ninguém parece sequer notar, cada um vive a sua vida a um ritmo alucinante, passo após passo, estação de metro após estação de metro, é tudo tão mecânico, profundamente intrínseco, é uma mistura de modos de vida que acabam por se confundir na falta de uma identidade.
Uma cidade com duas caras, assim é Londres, após o jantar essa monotonia fascinante passa a alegria em cantos de embriaguez, espelhada nas diminutas roupas que tanto chocam os Portugueses, povo conservador, nos beijos apaixonados de amantes inesperados, tudo se torna mais alegre mas muito menos real, como se as pessoas estivessem a agir sob o comando de uma estranha força ilusória.
Assim, Londres, a cidade maravilha onde se descobre como ser uma pessoa individual, em que se descobre o deslumbrante mundo que existe lá fora e também o que estava na obscuridade dentro de nós próprios. 

1 de abril de 2010

Sozinha



Aqui, acompanhada por mim mesma, revejo os vislumbres de sobriedade que havia perdido há muito, refaço os caminhos que estavam já alagados pelo temporal, inventario os estragos e projecto as reparações.
Neste momento de paz profunda olho para dentro após meses de altruísmo puro e cruel para comigo mesma, após duras horas de instabilidade e perturbação, sinto agora que é a minha vez, é hora de conseguir virar-me para o que eu preciso, para o que eu mereço. Oiço as andorinhas, a Primavera chegou e trouxe com ela todos os sonhos e sorrisos, todas as causas que já estavam perdidas e nas quais eu volto a acreditar como se fossem verdadeiras.
Ai, como eu adoro estes momento comigo mesma, eu e a minha almofada num frenesim de sonhos e expectativas, de certezas absolutas.
É aqui que me encontro, é aqui que sou eu sem receios nem tentativas de ser melhor, simplesmente sou eu, e mais ninguém, mais nada. É assim que eu sou feliz, na simplicidade do meu ser.